JPMorgan mantém cautela no mercado de criptomoedas apesar de recente recuperação
- Bitcoin (BTC) cai para US$ 92 mil e apaga ganhos do ano; investidores mais novos vendem 148 mil BTC com prejuízo
- Ouro retoma os US$ 4.200 à medida que o dólar enfraquece diante de preocupações econômicas e sentimento de aversão ao risco impulsiona demanda
- O ouro permanece perto da mínima de uma semana em meio à redução nas apostas de corte de juros pelo Fed
- O ouro permanece em modo defensivo em meio a um modesto avanço do dólar; queda parece limitada
- Ethereum (ETH) cai para US$ 3.200 com venda de "holders" e ETFs de BTC registram saídas de US$ 866 milhões
- O Departamento de Estatísticas do Trabalho não divulgará o relatório de empregos de outubro porque a paralisação interrompeu toda a coleta de dados.

Investing.com – O JPMorgan (NYSE:JPM) continua cauteloso com os mercados de criptomoedas, mesmo após o bitcoin ter se recuperado do seu pior dia desde o colapso do império da FTX, de Sam Bankman-Fried, em novembro de 2022.
A principal criptomoeda despencou mais de 15% na segunda-feira, mas conseguiu uma recuperação de cerca de 5% no dia seguinte. No início da tarde desta quinta-feira, 8, o bitcoin subia 6,14%, perto de voltar ao patamar dos US$ 60.000, graças a dados favoráveis no mercado de trabalho dos EUA.
Na semana passada, o relatório decepcionante do mercado de trabalho (payroll) dos EUA, conjugado a um aumento simultâneo nos pedidos de seguro-desemprego, intensificou os temores de uma recessão nos Estados Unidos. Paralelamente, o aumento da taxa de juros pelo Banco do Japão levantou preocupações sobre uma desestabilização maior do carry trade do iene, impactando tanto ações quanto criptomoedas e impulsionando a busca por ativos considerados seguros, como títulos do governo, o iene e o franco suíço.
No entanto, os analistas do JPMorgan identificaram que uma empresa específica de negociação de criptomoedas teve um papel significativo na crise, ao liquidar grandes quantidades de ether. Os investidores de varejo também exacerbaram a instabilidade do mercado, com os ETFs de bitcoin à vista experimentando as maiores retiradas mensais em agosto.
"Os traders que seguem tendências, incluindo os CTAs, têm abandonado posições longas e incrementado as curtas", relatou o JPMorgan, agravando a queda.
Contrastando com isso, os investidores institucionais no mercado de futuros demonstraram uma exposição ao risco mais contida. O indicador de posição de futuros do JPMorgan, que monitora o volume total de contratos futuros de bitcoin na CME, reflete essa postura, e a permanência da curva de futuros em terreno positivo sinaliza um otimismo relativo desses investidores.
O JPMorgan também destaca que há fatores que alimentam esse otimismo institucional. O Morgan Stanley (NYSE:MS) começou a permitir que seus consultores de patrimônio recomendem ETFs de bitcoin à vista aos seus clientes.
Além disso, a maior parte das liquidações resultantes das falências da Mt. Gox e da Genesis parece ter se estabilizado, e os próximos pagamentos decorrentes da falência da FTX podem impulsionar ainda mais a demanda por criptomoedas. Os principais partidos políticos dos EUA sinalizaram apoio a uma regulamentação mais favorável às criptomoedas para 2025 e anos subsequentes.
O bitcoin se recuperou de uma queda para cerca de US$ 49.000, valor que o JPMorgan identifica como o custo médio de produção do bitcoin. "Se o preço tivesse se mantido nesse nível ou inferior por um período prolongado, poderia pressionar os mineradores de bitcoin, possivelmente resultando em novas baixas nos preços", comentou o banco.
Apesar desses indicadores positivos, o JPMorgan considera que eles já estão refletidos nos preços. "Com a exposição ao risco ainda contida no mercado de futuros de bitcoin da CME e os mercados de ações apresentando vulnerabilidades, mantemos nossa postura de cautela com o mercado de criptomoedas, apesar da correção recente", conclui o relatório.
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