O preço do ouro dispara com os dados fracos dos EUA, a queda dos rendimentos dos EUA e o nervosismo geopolítico

O ouro se recupera da baixa semanal de US$ 3.120, com a queda dos rendimentos dos EUA e o enfraquecimento do DXY, aumentando o apelo de moeda porto-seguro.
O PPI e as vendas no varejo dos EUA de abril não atendem às expectativas, levando os mercados a prever dois cortes do Fed para 2025.
As tensões entre Ucrânia e Rússia ressurgem com Putin recusando negociações de paz, adicionando um prêmio geopolítico ao ouro.
O preço do ouro subiu acentuadamente na quinta-feira, depois de atingir uma baixa semanal de US$ 3.120, registrando ganhos sólidos de mais de 1,40%, impulsionado pela ampla fraqueza do dólar americano, devido a um relatório do Índice de Preços ao Produtor (PPI) positivo nos Estados Unidos (EUA). Isso, juntamente com a queda dos rendimentos dos títulos dos EUA, mantém o XAU/USD sendo negociado a US$ 3.228 no momento da redação deste relatório.
O metal amarelo começou a subir em antecipação aos dados do PPI dos EUA, que, em abril, ficaram surpreendentemente abaixo das estimativas e dos dados de março. Ao mesmo tempo, as vendas no varejo para o mesmo período desaceleraram, já que as famílias anteciparam as compras de veículos motorizados, e os dados de emprego revelados pelo Departamento do Trabalho dos EUA mostraram que o número de americanos que entraram com pedidos de auxílio-desemprego estava de acordo com as estimativas.
Os dados desencadearam uma reação nos mercados de renda fixa, levando os mercados a precificar totalmente dois cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed) em 2025, sendo o primeiro esperado para setembro.
Outro motivo por trás do avanço do ouro pode ser a relutância do presidente russo Vladimir Putin em se reunir com o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy na Turquia para discutir uma solução para o conflito.
Dado o cenário fundamental, o ouro deve ampliar seus ganhos. No entanto, a redução da escalada da guerra comercial entre os EUA e a China foi um vento contrário para o metal amarelo, que registrou uma perda de mais de US$ 120, já que os preços do XAU/USD caíram para US$ 3.200.
Nesta semana, a agenda econômica
Resumo diário das movimentações do mercado: Dados fracos dos EUA e queda nos rendimentos dos EUA empurram o ouro para cima
O PPI dos EUA em abril caiu inesperadamente em -0,5% MoM, perdendo a estimativa de um aumento de 0,2%. O núcleo do PPI caiu -0,4%, abaixo das previsões de uma expansão de 0,3%.
As vendas no varejo de abril nos EUA aumentaram 0,1% MoM, depois que os números de março foram revisados para cima, para 1,7%. Os economistas esperavam que os números permanecessem inalterados em comparação com o mês anterior.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos EUA para a semana encerrada em 10 de maio aumentaram em 229.000, como esperado, sem alterações em relação à semana anterior.
Os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA estão despencando, com o rendimento da nota do Tesouro dos EUA de 10 anos caindo nove pontos-base, para 4,49%. Enquanto isso, os rendimentos reais dos EUA seguiram o mesmo caminho, caindo nove pontos-base e meio, para 2,077%.
Perspectiva técnica do XAU/USD: Topo duplo em risco de ser negado
Do ponto de vista técnico, a recuperação do ouro pode ser de curta duração se os compradores não conseguirem atingir um fechamento diário acima de US$ 3.200. Nesse caso, eles precisam superar o pico de 14 de maio, de US$ 3.257, para manter a esperança de testar US$ 3.300 e reduzir as perdas semanais. No entanto, o momentum favorece uma queda adicional, como mostra o Índice de Força Relativa (RSI). Os comerciantes devem ser cautelosos, pois a atual etapa de alta pode ser uma correção de uma tendência de baixa em andamento.
Por outro lado, se o XAU/USD fechar diariamente abaixo de US$ 3.200, espera-se mais queda, com a média móvel simples de 50 dias (SMA) em US$ 3.155 servindo como o próximo nível de suporte, seguido por US$ 3.100.
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