Papel e celulose: Preços da commodity pressionam balanços, mas dólar pode ajudar

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Investing.com – Companhias do setor de papel e celulose podem ter resultados operacionais mais fracos no terceiro trimestre deste ano diante de cotações mais baixas das commodities relacionadas, segundo analistas. Por outro lado, a depreciação do real frente ao dólar pode favorecer companhias com exposição a vendas em moeda forte.

O Santander (BVMF:SANB11) apontou a Klabin (BVMF:KLBN11) como possível destaque negativo. “Esperamos que as empresas de celulose e papel apresentem resultados trimestrais medíocres, devido à queda dos preços da celulose”, aponta o Santander. A estimativa do banco é de que o Ebitda das empresas em sua cobertura caia 2% em uma base trimestral.

A Suzano (BVMF:SUZB3) deve compensar preços mais baixos de celulose e os custos mais elevados por maiores volumes de celulose e resultados fortes de papel, segundo o Itaú BBA. A Klabin, no entanto, deve sofrer com volumes menores e custos mais elevados.

“A Suzano se destaca no setor de papel e celulose, com desempenho estável no trimestre, enquanto a Klabin deverá reportar uma queda de trimestral 16% nos resultados”, esperam os analistas do Itaú BBA.

A XP Investimentos (BVMF:XPBR31) entende que apesar dos preços da celulose em baixa, o trimestre deve ser melhor para companhias expostas à matéria-prima, diante de um real mais depreciado.  O volume de vendas de celulose da Suzano tende a cair, mas os preços devem ficar estáveis em real. Para a Klabin, a XP espera dados operacionais mais fracos, com parada de manutenção em Ortigueira, ainda que o desempenho de embalagens possa ter sido superior. Para  Irani, que tende a reportar volumes mais altos de caixas de papelão, apesar de maiores custos, o trimestre deve demonstrar estabilidade.

O Bank of America (NYSE:BAC) concorda e enxerga que os balanços de empresas de celulose ainda devem demonstrar resiliência apesar da queda de preços no trimestre. Isso ocorre, segundo o BofA, pela “força relativa dos preços na Europa em relação à China, bem como o câmbio depreciado”.

Os resultados de produtores podem ser pressionados por custos maiores e redução de volumes com manutenção operacional, enquanto a Dexco (BVMF:DXCO3) pode ter sido beneficiada por “resultados mais fortes da madeira, enquanto a recuperação da Deca e das telhas continua, embora em um ritmo mais lento”, completou o BofA

Isenção de responsabilidade: este artigo representa apenas a opinião do autor e não pode ser usado como consultoria de investimento. O conteúdo do artigo é apenas para referência. Os leitores não devem tomar este artigo como base para investimento. Antes de tomar qualquer decisão de investimento, procure orientação profissional independente para garantir que você entenda os riscos.

 

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