XPLG11 mantém dividendo apesar da inadimplência; RURA11 tem maior lucro em 10 meses e também mantém provento
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O fundo imobiliário XP Log (XPLG11) apresentou em seu relatório de outubro os resultados do mês, com solidez na distribuição de dividendos, apesar de uma queda no resultado base. O fundo registrou R$ 25,466 milhões de lucro líquido, um recuo em relação aos R$ 31,04 milhões apurados no mês anterior.

Fontes: Vórtx e XP Asset Management
As receitas totais do período atingiram R$ 30,44 milhões, enquanto as despesas somaram R$ 4,974 milhões. O principal ponto de atenção no relatório foi a divulgação de um aumento relevante na inadimplência de inquilinos, embora a gestão já tenha sinalizado uma resolução próxima para a maior parte do valor.
Apesar dos desafios, a política distributiva do fundo manteve-se consistente. A gestão destinou R$ 25,564 milhões em proventos, valor ligeiramente acima do lucro do mês, equivalentes a R$ 0,82 por cota.
Dividendos, yield e reservas
O pagamento do dividendo de R$ 0,82 por cota foi realizado no último dia 14 de novembro. Considerando a cotação de fechamento de R$ 101,89 em outubro, o rendimento teve um dividend yield anualizado de 9,66%.
A manutenção do dividendo, mesmo com um lucro mensal inferior, foi possível graças ao uso das reservas do fundo. O XPLG11 informou que mantém um resultado base de caixa não distribuído, somado a valores a reconhecer conforme o cronograma de recebimentos, que totaliza R$ 2,69 por cota (sem correção inflacionária).
Essa reserva de caixa acumulada permite uma distribuição mais estável e linear ao longo do semestre, em linha com a diretriz do fundo de suavizar os pagamentos de proventos e mitigar oscilações de curto prazo no resultado.
Inadimplência atinge 6,3% da receita
O principal ponto negativo do resultado de outubro foi o aumento da inadimplência. O fundo reportou que quatro inquilinos não realizaram o pagamento do aluguel, impactando 6,3% da receita ordinária de locações esperada para o mês.
A administração do fundo informou que já está em tratativas ativas com os devedores para a regularização dos pagamentos. A gestão sinalizou otimismo, com a perspectiva de quitação de 4,9 pontos percentuais (da parcela total de 6,3%) já na semana seguinte à divulgação do relatório. A resolução deve aliviar as pressões temporárias sobre o fluxo de caixa do fundo.
8ª Emissão e aquisição de portfólios
Paralelamente à gestão operacional, o fundo segue com sua 8ª emissão de cotas em andamento, processo iniciado em 7 de outubro de 2025. A oferta tem uma meta inicial de captação de R$ 1,1 bilhão.
O objetivo principal dos recursos é concluir a aquisição dos portfólios imobiliários dos fundos RBRL11 e RDLI11. Ambos os fundos-alvo são geridos pela RBR Asset. Essa transação, quando concluída, deve aumentar significativamente o patrimônio e a diversificação geográfica do XPLG11.
A gestão do fundo indicou que a disciplina na alocação de capital e no controle de despesas permanece como prioridade. O NE Logistic FII, um veículo integralmente controlado pelo XPLG11, também segue como um componente estratégico na estrutura do fundo, contribuindo para a diversificação e a governança operacional dos ativos.
RURA11 tem maior lucro em 10 meses e mantém dividendo de R$ 0,11
Enquanto o XPLG11 lida com o impacto da inadimplência em seus resultados, o Fiagro RURA11, focado no setor de crédito agrícola, divulgou um desempenho robusto em outubro.

Fonte: RURA11
O RURA11 registrou um resultado contábil de R$ 21,7 milhões em outubro. O valor superou os R$ 20,8 milhões do mês anterior e marcou o melhor patamar de lucro dos últimos dez meses. A alta foi puxada pelas receitas, que atingiram R$ 23,8 milhões no período.
A distribuição de dividendos permaneceu estável. Assim como no mês precedente, o fundo pagou R$ 0,11 por cota aos investidores. O valor equivale a um dividend yield (DY) anualizado de 17,2% (considerando a cotação de mercado de outubro) e 13,6% (sobre a cota patrimonial), com isenção de imposto de renda para pessoas físicas.
Ao fim de setembro, o fundo mantinha um lucro contábil acumulado de R$ 24,4 milhões. Essa reserva, equivalente a R$ 0,152 por cota, oferece estabilidade para a distribuição de proventos futuros.
Novas alocações e cenário de crédito no agronegócio
O RURA11 encerrou outubro com 92% de seu patrimônio alocado em operações de crédito para o agronegócio. A gestão reforça que o portfólio continua pulverizado, reunindo 64 devedores distribuídos entre diversas culturas e regiões brasileiras.
Em outubro, houve uma nova alocação no Fiagro Ubyfol. A operação é lastreada em recebíveis de uma base diversificada de clientes da companhia, que atua no segmento de fertilizantes especiais.
A gestão destacou que a carteira segue sólida, mesmo em um ambiente de menor oferta de crédito e liquidez no agronegócio. Dados do Banco Central mostram que o crédito rural liberado na safra 2025/26 (jul-out) ficou R$ 36,4 bilhões abaixo do mesmo período da safra anterior, uma retração de 22%.
Esse recuo tem pressionado a cadeia produtiva, levando produtores a ajustar seus pacotes tecnológicos. A gestão do RURA11, no entanto, destaca que os produtores presentes na carteira do fundo permanecem adimplentes e avançam com o plantio dentro do planejado.
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