China optou por não dar todos os estímulos planejados devido ao risco de Trump
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Investing.com — A China decidiu implementar suas medidas de estímulo econômico de forma escalonada, em vez de executá-las integralmente de uma só vez, devido a preocupações com o possível impacto da eleição presidencial dos Estados Unidos em 2024, segundo análise da Evercore ISI.
Em nota enviada aos clientes nesta terça-feira, a consultoria afirmou acreditar que Pequim está segurando parte de sua capacidade fiscal para uma eventual vitória de Donald Trump nas eleições, o que poderia gerar incertezas geopolíticas e econômicas que exigiriam intervenções mais agressivas.
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A Evercore apontou que, durante uma recente conferência de imprensa da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC), nenhum novo estímulo fiscal foi anunciado.
Em vez disso, a NDRC deu ênfase a políticas já em vigor, incluindo um subsídio de consumo de 150 bilhões de iuanes, programado para o período entre setembro e dezembro.
A comissão também mencionou a antecipação de 200 bilhões de iuanes em investimentos em infraestrutura, originalmente previstos para 2025, para serem executados no final de 2024.
Essas medidas, no entanto, permanecem dentro dos orçamentos já planejados, frustrando expectativas de suporte imediato mais robusto.
Os analistas da Evercore ISI afirmam que, embora a ausência de novos estímulos tenha sido uma "decepção", isso não representa o fim das ações fiscais para este ano.
Eles acreditam que os próximos dados econômicos e uma reunião do Politburo, prevista para o final de outubro, ainda podem abrir espaço para novos anúncios de políticas. Os analistas mantêm confiança de que a China alcançará sua meta de crescimento do PIB de 5,0% para 2024.
A decisão de Pequim de adiar estímulos mais amplos agora pode refletir uma estratégia de reservar recursos para desafios futuros, especialmente se Trump voltar à presidência dos EUA, o que poderia agravar as relações sino-americanas e impactar a economia global.
"Continuamos a acreditar que Pequim está reservando poder de fogo para o cenário de vitória de Trump nas eleições dos EUA", disse a Evercore, destacando a abordagem cautelosa da China ao equilibrar apoio econômico de curto prazo com riscos geopolíticos de longo prazo.
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