Câmbio estaria passando por um ‘sorriso do dólar’ americano?
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Investing.com – As últimas movimentações do dólar, mais fraco antes de cortes nas taxas de juros americanas, levaram a questionamentos se a moeda americana estaria em um cenário que representa um “dollar smile”, ou “sorriso do dólar”.
Em nota divulgada aos clientes e ao mercado, o Julius Baer entende que “o crescimento dos EUA não apresenta um desempenho significativamente inferior, sugerindo que o dólar é direcionado pelas taxas de juros e não pelo sorriso”.
O Julius Baer entende ser possível um fortalecimento da moeda com precificação das expectativas agressivas de cortes das taxas de juros, mas não espera que o dólar apresente recuperação conforme os seus máximos do final de 2022, com resistência vindo da sobrevalorização e de taxas mais baixas.
“Algumas moedas pares podem até permanecer mais fortes em relação ao USD, como a GBP, o AUD e o NZD, onde os cortes nas taxas podem não ocorrer tão rapidamente como nos EUA. A GBP e o NZD, em particular, poderão oferecer taxas mais elevadas do que os EUA no final do ano”, destaca David Meier, economista do Julius Baer.
Sorriso do dólar
A teoria criada por Stephen Jen no início dos anos 2000 aponta que o movimento do dólar varia conforme a economia dos EUA. Em uma das extremidades, o modo ganância indica otimismo nos mercados e recuperação da economia, enquanto o modo medo indica aversão ao risco em meio a uma economia em declínio.
“Esta teoria sugere que o dólar se valoriza em dois cenários opostos. O primeiro cenário é onde os EUA superam significativamente o crescimento global ou dos pares, com expectativas crescentes de subida das taxas, resultando no dólar a se beneficiar de fluxos pró-cíclicos”, esclarece o Julius Baer.
No segundo cenário, a aversão ao risco beneficia o dólar, pois a moeda é considerada como um porto seguro. “No meio está o sorriso, ou o cenário de fraqueza do dólar, onde a economia dos EUA enfraquece e apresenta um desempenho inferior ao da economia global ou dos seus pares, com expectativas crescentes de cortes nas taxas, mas onde o apetite pelo risco global também permanece potencialmente robusto, desfavorecendo o porto seguro do dólar”. Segundo o Julius Baer, é neste patamar que alguns agentes de mercado acreditam que o dólar estaria, com expectativa de que a fraqueza da moeda americana persista.
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