As ações da American BitcoinCorporation (ABTC) perderam mais da metade de seu valor de mercado em apenas 30 minutos na terça-feira. A queda acentuada provocou diversas paralisações nas negociações, já que a mineradora, cofundada por Eric Trump, foi arrastada junto com o restante do mercado de criptomoedas, com Bitcoin caindo mais de 30% em relação ao seu pico de outubro, afetando todas as apostas de risco em criptomoedas que ainda estavam de pé.
A perda total ocorreu após o evento de liquidação massiva de segunda-feira, no qual quase US$ 1 bilhão em posições alavancadas em criptomoedas desapareceram.
Na terça-feira, os mercados se estabilizaram temporariamente. Mas isso não significava nada para Bitcoinamericano. O estrago já estava feito.
A American Bitcoin foi lançada no início deste ano como uma spin-off da Hut 8 Corp. A empresa de mineração gerou grande expectativa inicialmente. Os investidores impulsionaram as ações rapidamente. Mas, desde o pico em setembro, a empresa perdeu mais de 78% do seu valor.
Em novembro, a American Bitcoin reportou um lucro líquido de US$ 3,5 milhões e uma receita de US$ 64,2 milhões para o terceiro trimestre. Os lucros não importavam. O mercado já estava penalizando tudo o que estivesse ligado às criptomoedas.
Isso inclui os Trumps. Donald Trump Jr., que possui ações da American Bitcoin, também viu suas perdas se acumularem. Os outros investimentos da família em criptomoedas também estão sofrendo.
O token WLFI, vinculado à plataforma DeFi World Liberty Financial, apoiada por Trump, caiu mais de 30% desde setembro. O ALT5 Sigma, que detém WLFI, está com queda de mais de 80% em relação à sua máxima.
Eric, que ajudou a lançar a mineradora, não hesitou. Ele disse à Bloomberg News que não vai recuar. "Que ótima oportunidade de compra", afirmou. "Quem comprar na baixa e abraçar a volatilidade será o grande vencedor. Nunca estive tão otimista em relação ao futuro das criptomoedas e à modernização do sistema financeiro."
A história do Bitcoiné repleta de quedas acentuadas, mas os Trumps não se limitam a possuir criptomoedas. Eles estão profundamente envolvidos no setor cripto. Essa diversificação ajuda a atenuar alguns dos impactos financeiros. Mas a sangria não parou.
A Trump Media & Technology Group Corp., que administra a plataforma Truth Social, atingiu uma mínima histórica na quarta-feira. A queda da empresa coincide com sua crescente exposição às criptomoedas.
Donald Trump, que retornou à Casa Branca comodent, detém a maior participação na empresa. Essa participação, controlada por um fundo fiduciário supervisionado por Donald Jr., já perdeu cerca de US$ 800 milhões desde setembro.
A Trump Media não é lucrativa, mas isso não a impediu de investir ainda mais em criptomoedas. Em um documento divulgado em julho, a empresa revelou ter gasto aproximadamente US$ 2 bilhões na compra de Bitcoin e ativos relacionados. Suas participações incluem 11.500 Bitcoin, comprados a cerca de US$ 115.000 cada. Com a queda dos preços, essa posição agora apresenta uma perda teórica de 25%.
E as apostas não pararam por aí. A Trump Media também comprou uma grande quantidade de CRO, um token criado pela Crypto.com, uma corretora de criptomoedas com sede em Singapura. No final de setembro, o valor dessa reserva era de cerca de US$ 147 milhões. Desde então, CRO caiu aproximadamente 50%.
A Crypto.com também está trabalhando diretamente com a Trump Media. Os dois estão construindo uma nova plataforma de previsão chamada Truth Predict.
O aplicativo está sendo projetado para permitir que os usuários apostem em eventos esportivos e políticos, adicionando mais uma camada ao crescente ecossistema de criptomoedas dos Trumps. O projeto ainda está em desenvolvimento, segundo a Bloomberg.
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