Os salários no Reino Unido praticamente não cresceram no mês passado, de acordo com a última pesquisa da Recruitment & Employment Confederation (REC) e da KPMG, o que evidencia um mercado de trabalho que ainda sente os efeitos da incerteza econômica.
O relatório indica que os salários iniciais para funcionários efetivos aumentaram ligeiramente em relação à mínima de quatro anos e meio registrada em setembro. Nesse período, a demanda por funcionários continuou a diminuir drasticamente, enquanto o número de candidatos a emprego aumentou substancialmente.
Essa observação foi feita após um relatório de uma pesquisa amplamente acompanhada indicar que os salários no Reino Unido apresentaram pouca melhora em outubro. O relatório também reconheceu que essa constatação pode tranquilizar o Banco da Inglaterra, indicando que as pressões inflacionárias estão começando a diminuir.
“Os recrutadores mencionaram frequentemente o aumento dos salários paratracos melhores candidatos. No entanto, também houve muitos relatos de salários estabilizados ou até mesmo reduzidos devido às condições de mercado mais fracas e às restrições orçamentárias enfrentadas pelos clientes”, afirmou o relatório na sexta-feira, 14 de novembro.
Economistas mencionaram que as tendências salariais serão cruciais para os formuladores de políticas do Banco da Inglaterra durante sua reunião em dezembro, para ajudá-los a considerar se devem reduzir as taxas de juros.
Atualmente, os formuladores de políticas estão levando em consideração mais indícios de aumentos salariais, e outros fatores que vinham mantendo a inflação alta estão começando a diminuir. Isso ocorre depois de terem decidido, por uma pequena margem, manter as taxas de juros inalteradas em sua última reunião.
Em relação ao recente relatório da REC, fontes mencionaram que ele aumenta a cautela entre as empresas, que se preparam para os esperados aumentos de impostos no próximo orçamento. No entanto, analistas realizaram pesquisas e descobriram que alguns sinais de desaceleração nas contratações estão começando a melhorar.
A descoberta foi notada depois que fontes destacaram que o número de vagas de emprego e de contratações permanentes no país caiu a um ritmo ligeiramente mais lento. Ao mesmo tempo, o faturamento com trabalho temporário aumentou pela primeira vez desde junho de 2024.
Jon Holt, CEO do Grupo e Sócio Sênior do KPMG no Reino Unido, comentou sobre o tema em discussão. Holt mencionou que "a incerteza econômica ainda impacta fortemente as empresas, mas a melhora no mercado de trabalho no mês passado sugere que um orçamento focado em impulsionar a confiança empresarial pode levar a mais contratações".
Quando os repórteres entraram em contato com diversos grupos empresariais para obter suas opiniões sobre a situação, eles apontaram o aumento de 26 bilhões de libras, equivalente a aproximadamente 34,4 bilhões de dólares, nos impostos sobre a folha de pagamento, divulgado pelos sindicatos um ano antes, como o principal fator por trás da perda de empregos e do aumento da inflação.
Entretanto, vale ressaltar que a Ministra da Fazenda, Rachel Reeves, está a apenas duas semanas de apresentar outro orçamento , que deverá impactar a todos. Segundo fontes próximas ao assunto, este orçamento poderá ter um impacto significativo no mercado de trabalho, que começa a se recuperar do período difícil que enfrentou.
Neil Carberry, diretor executivo da REC, afirmou que esta não é a primeira vez que vivenciam uma situação semelhante. Segundo Carberry, um sentimento parecido foi observado no mercado de trabalho antes do Orçamento de Halloween do ano passado, apresentado pelo Ministro da Fazenda. Ele argumentou que, como as empresas já haviam alertado na época, houve um aumento no desemprego e nas demissões. Portanto, o diretor executivo advertiu que, com a proximidade do Orçamento de 2025, a REC não pode se dar ao luxo de passar por essa situação novamente.
Relatórios datados de segunda-feira, 10 de novembro, destacaram que Reeves está tentando sanar um déficit crescente nas finanças públicas do Reino Unido, que ela acredita ter sido agravado pela guerra comercial dodent dos EUA, Donald Trump, pelos conflitos globais e pela redução da produtividade do Reino Unido pelo Escritório de Responsabilidade Orçamentária (OBR).
Segundo a Ministra da Fazenda, essa situação restringiu suas opções financeiras. Portanto, Reeves argumenta que precisa prestar contas dos impostos e das despesas em seu orçamento de 26 de novembro.
Nessa altura, ela deveria receber a última previsão econômica do Gabinete de Responsabilidade Orçamentária, o órgão fiscalizador do governo. Esperava-se que esse relatório incluísse detalhes sobre a dimensão do déficit orçamentário que Reeves precisa cobrir.
Reeves já havia mencionado que busca uma reserva financeira maior do que os 9,9 bilhões de libras (13 bilhões de dólares) que tinha em seu orçamento de 2024 e novamente em sua declaração de primavera, em março.
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