VRTA11 aposta em CRIs de taxa elevada; VGHF11 mantém dividendo e monitora inadimplência
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O fundo imobiliário Fator Verità (VRTA11) comunicou ao mercado a sua distribuição de rendimentos referente ao mês de novembro. O valor anunciado foi de R$ 0,85 por cota, mantendo um patamar de remuneração consistente para os seus investidores.
O pagamento está agendado para o dia 15 de dezembro. Terão direito ao recebimento os cotistas que possuíam posição no fundo ao final do pregão de 28 de novembro, data de corte estabelecida pela gestão.

Fonte: Fator
Com base no preço de fechamento da cota no último dia útil de novembro, o valor distribuído corresponde a um dividend yield (retorno de dividendos) de aproximadamente 1,09% apenas no mês.
Esse retorno mensal, quando anualizado, coloca o fundo em um patamar competitivo frente às taxas de juros da renda fixa tradicional, com o benefício adicional da isenção de Imposto de Renda para investidores pessoas físicas.
Movimentações táticas e foco em "High Yield"
Além da distribuição de proventos, o relatório gerencial destacou a atividade intensa da gestão na originação e aquisição de novos ativos. O fundo realizou novas alocações em sua carteira de crédito no mês de outubro.
O objetivo claro dessas movimentações foi reforçar a exposição a operações consideradas de maior retorno, aproveitando as taxas atrativas disponíveis no mercado de crédito imobiliário atual.
O VRTA11 adquiriu um lote adicional de R$ 5,1 milhões do CRI Epitácio. Este título oferece uma remuneração atrelada ao CDI mais um spread de 4% ao ano, o que garante um carrego elevado em tempos de Selic alta.
Em uma aposta ainda mais agressiva em termos de taxa, o fundo comprou mais R$ 4,6 milhões do CRI Summus. Este papel é indexado à inflação (IPCA) e paga um juro real de 11,5% ao ano.
A gestão ressaltou que essas taxas estão acima da média praticada no mercado de recebíveis para riscos similares, o que deve contribuir para elevar a rentabilidade média do portfólio nos próximos meses.
Resultado contábil e reciclagem de capital
O resultado contábil apurado pelo fundo em outubro foi de R$ 11,6 milhões. Esse número reflete o fluxo de juros e correção monetária da carteira, descontadas as despesas operacionais e financeiras.
Do lado das vendas e amortizações, o fundo também registrou movimentações relevantes. Houve o resgate antecipado do CRI Grupo Mateus II, no valor aproximado de R$ 5,3 milhões.
Esse tipo de evento de liquidez (pré-pagamento) é comum no mercado e exige que a gestão seja ágil na realocação dos recursos para evitar o "caixa parado", que pode diluir a rentabilidade.
O portfólio de Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) do VRTA11 também passou por ajustes operacionais simples. O destaque foi a alteração do ticker do fundo RVBI11, que agora passa a ser negociado na bolsa sob o código PSEC11.
Posição de caixa e alavancagem controlada
Ao final do mês, o VRTA11 apresentava uma posição de caixa de R$ 46,8 milhões. Esse montante representa cerca de 3,5% do patrimônio líquido do fundo.
A gestão informou que esses recursos já têm destino certo. Eles serão utilizados tanto para o pagamento dos proventos anunciados quanto para a liquidação de novas operações de crédito que estão no pipeline.
Segundo a equipe da Fator, existem quatro Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) em fase final de análise e estruturação. Essas operações podem somar R$ 65 milhões em novas alocações ainda em 2025.
Para otimizar o retorno, o fundo também utiliza alavancagem. O VRTA11 encerrou outubro com R$ 56 milhões em operações compromissadas reversas.
O custo dessa dívida é de CDI + 0,74% ao ano, com vencimento previsto para dezembro de 2025. Como o fundo consegue investir esses recursos a taxas superiores (como o CDI + 4% do CRI Epitácio), essa estrutura gera um spread positivo para os cotistas.
VGHF11 paga R$ 0,07 por cota e detalha alavancagem e ativos em alerta
Enquanto o VRTA11 busca aumentar o retorno com novas aquisições, o Valora Hedge Fund optou pela estabilidade na distribuição, mantendo o valor dos proventos enquanto gerencia questões pontuais de crédito em sua carteira.
O VGHF11 divulgou um novo pagamento de dividendos no valor de R$ 0,07 por cota. A quantia é isenta de Imposto de Renda e refere-se aos resultados de novembro de 2025.

Fonte: StatusInvest
O pagamento ocorrerá em 5 de dezembro para os cotistas posicionados em 28 de novembro. Com base no fechamento de R$ 7,08, o rendimento equivale a um dividend yield mensal de 0,99%.
O valor repete a distribuição do mês anterior. O fundo encerrou outubro com 101% do patrimônio líquido alocado em 138 operações, totalizando R$ 1,42 bilhão investido.
Para manter essa alocação, o fundo possui R$ 62,2 milhões (4,4% do PL) em operações compromissadas reversas (alavancagem). O custo médio dessa dívida é de CDI + 0,8% ao ano.
Monitoramento de crédito e variação patrimonial
No relatório gerencial, a gestão destacou duas situações de inadimplência. Os CRIs da rede Selina seguem marcados a zero na carteira, impactando o valor patrimonial.
Já o caso do CRI Guaicurus depende da venda final de terrenos, que ainda aguarda diligências e trâmites jurídicos para ser concluída e gerar recuperação de valor.
O patrimônio líquido do fundo teve uma leve variação negativa de R$ 0,03 por cota em outubro. A queda foi atribuída à desvalorização da carteira de FIIs que compõe parte do portfólio.
Atualmente, o VGHF11 negocia com um desconto relevante, apresentando um P/VP de 0,83. O fundo mantém uma gestão ativa para equilibrar a geração de renda com a preservação de capital.
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