SNEL11 lidera entre os FIIs; IFIX engata terceira queda; IRDM11 aprova nova emissão e BTHF11 lucra R$ 23 milhões
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O mercado de fundos imobiliários teve mais um dia de desempenho negativo nesta terça-feira (5/8), com o IFIX recuando 0,31% e fechando aos 3.408,76 pontos, repetindo a perda percentual da véspera. Esse foi o terceiro pregão consecutivo de queda e o sexto nos últimos sete dias, levando o índice ao menor patamar desde 12 de junho.
Apesar do viés negativo, o SNEL11, fundo focado em energia fotovoltaica, se destacou entre os melhores desempenhos do dia, subindo 1,07%, para R$ 8,54.
A valorização veio na esteira do anúncio de dividendos de R$ 0,10 por cota, referentes aos resultados de julho, com pagamento previsto para 25 de agosto. Os cotistas com posição até o final do dia 15 de agosto terão direito aos proventos.
Fonte: Google Finance
O fundo encerrou o pregão na sua máxima desde 15 de julho, mesmo dia em que ocorreu a data-com da última distribuição. Nesta quarta-feira, encerra-se o prazo para o exercício dos direitos de preferência na 4ª emissão de cotas do fundo, conforme posição registrada no dia 23 de julho.
Na contramão, o TGAR11 devolveu parte da alta da véspera e liderou as perdas, caindo 3,27%, a R$ 82,50. O URPR11, por sua vez, caiu mais 3,05% e foi cotado a R$ 34,05 — o menor valor desde outubro de 2020.
Fonte: Suno
Cotistas do IRDM11 aprovam nova emissão; fusão com IRIM11 pode estar a caminho
Em assembleia geral extraordinária realizada nesta terça-feira (5/8), os cotistas do fundo imobiliário IRDM11 aprovaram a realização de sua 13ª emissão de cotas, com expectativa de captar até R$ 120 milhões. O objetivo é adquirir participação em um fundo monoativo que detém um imóvel corporativo considerado estratégico em São Paulo.
A proposta faz parte de uma reestruturação maior conduzida pela gestora Iridium, que visa incorporar o IRDM11 ao IRIM11, um FII multiestratégia mais recente da mesma gestora. A incorporação ainda depende da aprovação dos cotistas de ambos os fundos, em assembleias que ainda não têm data definida.
Fonte: Google Finance
O valor das cotas na nova emissão deve ficar próximo ao valor patrimonial atual do IRDM11, que é de R$ 82,84, com possibilidade de parte do pagamento ao vendedor ser feito por meio da entrega de novas cotas. O processo também prevê, em caso de fusão, a troca de 10 cotas do IRDM11 por 9 do IRIM11, mais um pagamento de R$ 61,80 em dinheiro.
A proposta gerou reações mistas entre os investidores. Um dos principais pontos de crítica foi a taxa de performance prevista no regulamento do IRIM11, algo inexistente no IRDM11. Em resposta, a gestora decidiu eliminar essa taxa do novo fundo, o que ajudou a melhorar o ambiente de aprovação da nova emissão.
Segundo Marcos Baroni, especialista da Suno, os investidores devem acompanhar de perto as próximas etapas do processo e evitar decisões precipitadas. Ele reforça que os valores projetados ainda podem ser ajustados e que o momento ideal para avaliar impactos será após a convocação formal da AGE que votará a incorporação.
Fonte: Google Finance
BTHF11 lucra mais de R$ 23 milhões e reforça estratégia ativa de geração de caixa
O fundo imobiliário BTHF11 divulgou um resultado expressivo referente ao mês anterior, com lucro líquido de R$ 21,67 milhões e receita total de R$ 23,25 milhões. Desse total, R$ 22,09 milhões vieram de receitas recorrentes, enquanto as despesas somaram R$ 1,15 milhão. O resultado por cota foi de R$ 0,105, com R$ 0,092 distribuídos aos cotistas como dividendos.
No primeiro semestre de 2025, o fundo manteve uma política de distribuição de 97% do lucro apurado, com média mensal levemente acima de R$ 0,092 por cota. Parte do bom desempenho foi impulsionada por operações não recorrentes envolvendo CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e por ganhos relevantes com ativos reais.
A gestão do BTHF11 também destacou a continuidade de sua estratégia ativa no mercado secundário, que resultou na geração de mais de R$ 15 milhões em caixa. Essa abordagem, classificada como "defensiva e oportunista", visa ampliar a flexibilidade do fundo para novas oportunidades em crédito estruturado e aproveitar distorções de preços em outros FIIs.
A carteira atual é diversificada entre fundos de tijolo e fundos de papel. Entre os FIIs físicos, destacam-se BTHI11 (5,33%), HTMX11 (4,22%) e VTLT11 (3,28%). Já entre os FIIs de papel, os principais pesos são de BTCI11 (7,92%), IRIM11 (6,17%) e BTYU11 (2,32%).
Do ponto de vista macroeconômico, a gestão alertou para a persistente incerteza fiscal e o impacto de uma inflação acumulada de 5,3% em 12 meses, acima do teto da meta de 4,5%. Diante desse cenário, o Copom optou por manter a Selic em 15% ao ano, o que afetou o apetite por risco no setor e enfraqueceu o desempenho do IFIX no mercado secundário.
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