36 fundos pagam proventos; TOPP11 mostra consistência e VGIP11 anuncia nova redução
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Esta quinta-feira (14/8) foi marcada pela distribuição de dividendos de 36 fundos imobiliários, movimentando a carteira de investidores que focam em renda passiva. Entre os destaques do dia estão dois dos fundos com maior número de cotistas da bolsa, o Maxi Renda (MXRF11), que pagará R$ 0,10 por cota, e o TG Ativo Real (TGAR11), que distribuirá R$ 1,00 por cota.
Fonte: Google Finance
Os investidores que tinham direito a esses proventos receberão os valores de forma automática em suas contas na corretora de valores, sem a necessidade de realizar qualquer procedimento. A distribuição de rendimentos é uma das principais características dos fundos imobiliários e segue regras específicas.
A movimentação de pagamentos no dia é ampla e abrange diferentes segmentos do mercado de FIIs. Além dos já mencionados, outros fundos relevantes também remuneram seus cotistas hoje. No setor de shoppings, o CSHG Brasil Shopping (HGBS11) entrega R$ 0,15 por cota. Entre os fundos de "papel", um dos destaques é o CSHG Receita Imobiliária (RECR11), que pagará R$ 0,95 por cota.
VGIP11 anuncia nova redução e dividendo cai para R$ 0,76 por cota
No entanto, nem todos os anúncios recentes foram de estabilidade. O caso do Valora Hedge Fund (VGIP11), um fundo de "papel", ilustra uma dinâmica diferente, com o anúncio de um novo corte em seus rendimentos. O fundo imobiliário VGIP11 comunicou a distribuição de dividendos de R$ 0,76 por cota, valor referente aos resultados apurados em julho. O pagamento está programado para ser efetuado no dia 19 de agosto, com base na posição dos cotistas no fechamento do pregão do dia 12 de agosto.
O ponto que mais chamou a atenção no anúncio do VGIP11 foi a redução no valor do dividendo. O pagamento de R$ 0,76 por cota representa uma queda de 39,2% em comparação com o valor distribuído no mês anterior, em julho, que foi de R$ 1,25 por cota. Esta é a segunda redução consecutiva nos rendimentos do fundo, já que em junho a distribuição havia sido de R$ 1,98 por cota.
Essa trajetória de queda nos pagamentos mensais contrasta com o dividend yield acumulado do fundo nos últimos 12 meses, que alcançou 14,41%. Esse percentual elevado é um reflexo dos pagamentos mais robustos realizados em meses anteriores. O dividend yield mensal do anúncio ficou em 0,93%.
O VGIP11 é classificado como um "fundo de papel", o que significa que ele investe primariamente em recebíveis imobiliários atrelados a índices de preços, principalmente o IPCA. Dessa forma, seus rendimentos são diretamente influenciados pelas variações da inflação. O fundo, gerido pela Valora, possui um patrimônio líquido de aproximadamente R$ 1,056 bilhão e uma base com mais de 84 mil investidores.
TOPP11 mantém dividendo de R$ 0,84 e mostra consistência
Em contraste com o cenário do VGIP11, o fundo de "tijolo" TOPP11 apresentou notícias positivas, ligando sua consistência de dividendos à performance de seus imóveis. O fundo imobiliário TOPP11 anunciou a distribuição de R$ 0,84 por cota em dividendos, repetindo o mesmo valor pago no mês anterior e sinalizando consistência em sua política de remuneração. O pagamento será realizado no dia 20 de agosto, com base na posição dos investidores no fechamento do pregão da última quarta-feira (13). A partir desta quinta-feira (14), as cotas do fundo passaram a ser negociadas "ex-dividendos". O valor distribuído corresponde a um dividend yield mensal de 1,21%, e no acumulado dos últimos 12 meses, o rendimento do fundo atingiu 10,71%.
O TOPP11 é gerido pela RBR Asset e tem um patrimônio de aproximadamente R$ 475 milhões e cerca de 4.800 cotistas. Um dado relevante para análise do fundo é a diferença entre seu valor de mercado e seu valor patrimonial.
Enquanto a cota era negociada a R$ 69,30, seu valor patrimonial era de R$ 104,90. Isso indica que o fundo está sendo negociado na bolsa com um desconto significativo em relação ao valor contábil de seus ativos, uma métrica que muitos investidores analisam em busca de potenciais oportunidades.
Desempenho operacional impulsiona resultados
A consistência nos dividendos do TOPP11 está diretamente ligada à performance operacional de seu portfólio de imóveis físicos. A carteira é composta por dois edifícios corporativos, o Platinum e o Metropolitan, e a gestão tem focado em estratégias para aumentar o valor real desses ativos.
Em junho, por exemplo, o fundo conseguiu elevar em 26% o preço médio do aluguel no Edifício Metropolitan. No Edifício Platinum, também houve uma movimentação importante com a consolidação de um novo patamar de aluguel, 17% acima da média anterior do prédio. Essas renegociações bem-sucedidas são um sinal da recuperação do mercado de escritórios em regiões estratégicas.
Além da melhora na receita de aluguéis, o portfólio do TOPP11 também registrou uma valorização patrimonial expressiva. Em junho de 2025, os ativos somavam R$ 673,3 milhões, um crescimento de 8,5% sobre o preço de aquisição em um intervalo de apenas oito meses.
Esse desempenho supera com folga o IPCA acumulado no mesmo período, que foi de 3,9%, indicando que a gestão conseguiu gerar um ganho real de valor para os cotistas através da valorização de seus imóveis.
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